Biografia
Início
Quando Chorão tinha onze anos, seus pais separaram-se. Aos catorze anos, sua mãe teve um derrame e quase morreu. Foi nessa época que ele começou a andar de skate, uma das suas paixões. Chorão atuou profissionalmente no esporte na década de 80 na categoria freestyle, sendo vice-campeão paulista. Seu apelido Chorão foi dado pelos seus amigos de
skate.
Já vendeu cartões de natal, foi auxiliar de câmera, caboman, iluminador. Sua mãe era doméstica, fazia pastel, cozinhava para fora para ele ir entregar.
Carreira
Charlie Brown Jr
Em 1987, com então 17 anos de idade Chorão se mudou para
Santos,
litoral de São Paulo, após uma infância difícil e traumática. Era mais conhecido pelo apelido de Chorão. Um dia, em um bar local, substituiu por acaso o vocalista de uma banda, quando o mesmo precisou se ausentar devido a necessidades fisiológicas.
Uma pessoa da plateia, ao vê-lo cantar, convidou-o para ser vocalista em sua banda. Quando o baixista da referida banda saiu, Chorão veio a conhecer
Champignon, o novo
baixista, uma criança de apenas 12 anos na época, formaram então a banda
What's Up. Tempos depois, Chorão e |Champignon decidiram convidar o
baterista Renato Pelado, egresso de bandas da cidade como
Ecossistema,
Jornal do Brasil, entre outros projetos. Mais tarde,
Marcão e
Thiago Castanho completaram a primeira formação da banda Charlie Brown Jr. A banda, ainda sem nome, continuou a se apresentar na cidade.
"Fundei e batizei a banda com esse nome em 1992. Foi uma coisa inusitada. Trombei (literalmente) com uma barraca de água de coco que tinha o desenho do Charlie Brown, aquele personagem do Charles Schulz, mais conhecido por ser o dono do Snoopy.
E o "Jr" é pelo fato de sermos filhos do rock", se explica Chorão pelo fato de a banda se considerar "filha" de uma geração de músicos e bandas como
Raimundos, nos anos 90 Chorão considerava
Rodolfo Abrantes, o vocalista dessa banda, como o melhor do brasil ,
Nirvana,
Red Hot Chili Peppers,
Nação Zumbi, e
Planet Hemp. A sonoridade do grupo tinha influências de grupos como
Sublime,
Bad Brains,
311, misturando
hardcore punk,
skate e
reggae.
Por volta de 1993, já com esta formação da banda, eles começaram a tocar no circuito underground de Santos e São Paulo e a fazer shows em vários eventos de skate. Uma
fita demo foi entregue ao
Rick Bonadio, presidente da
Virgin Records no
Brasil e produtor dos
Mamonas Assassinas, que se interessou pelo grupo e os contratou. De uma demo de três faixas surge o primeiro disco do CBJr, produzido por
Tadeu Patolla e Rick Bonadio com o selo da Virgin Records. Nasce então o álbum
Transpiração Contínua Prolongada. O álbum foi produzido por Tadeu Patola (ex-
Lagoa 66), o álbum é bem recebido pelas rádios com as faixas
"O Coro Vai Comê!",
"Proibida pra Mim (Grazon)",
"Tudo que Ela Gosta de Escutar" e
"Gimme o Anel", vendendo 500 mil cópias. Na época, o baixista Champignon era menor. Consequentemente, sempre que a banda se apresentava em
casas noturnas, era necessária uma autorização judicial para que o jovem baixista acompanhasse o grupo.
Morte do pai
Em meados de 2001, Chorão perdeu seu pai:
| "Passei por várias dificuldades neste ano, desde financeiras... , eu perdi meu pai... , e você tem que tentar lidar com isso numa boa, até você aceitar rola uma mudança, uma metamorfose". |
—
|
A banda, compreendendo a falta que seu pai fazia, decide parar e dar um tempo, até Chorão, realmente acostumar-se com a idéia de ter perdido alguém muito especial. O que levou ele a pensar em parar na banda, o que você pode encontrar na letra de: "
Ouviu-se falar" e "
Talvez a metade do caminho". Passaram-se seis meses até Chorão se olhar no espelho e, ver sua barba crescida, sua barriga, por engodar 20Kg, ficar em casa e não fazer nada, sem motivação... Então ele viu que não era bem isso que ele queria. Durante o mesmo tempo os outros integrantes, Champignon, Thiago Castanho, Marcão e
Renato Pelado continuaram estudando e praticando sua música. Na verdade a banda estava pronta de novo, iria começar um novo capítulo.
Morte
Chorão foi encontrado morto por seu motorista, na madrugada de 6 de março de 2013 (uma quarta-feira), em um apartamento que ocupava esporadicamente no bairro de
Pinheiros, em
São Paulo. Segundo a polícia, que descartou inicialmente a hipótese de homicídio, o apartamento encontrava-se em grande desordem, com garrafas vazias de bebida, embalagens de remédios e marcas de sangue.
O delegado Itagiba Franco afirmou que Chorão passava por uma depressão devido à separação da mulher, a estilista Graziela Gonçalves. Ele ainda informou que o músico era procurado pelos outros integrantes do
Charlie Brown Jr. desde o meio-dia de terça-feira (5 de março). Segundo a Folha de São Paulo, a polícia acredita que a morte pode ter acontecido entre segunda e terça-feira (04 e 05demarço, portanto), devido ao estado que o corpo foi encontrado.
Legado
Para os críticos,
Chorão deixa um legado de composições poéticas. O produtor musical
Rick Bonadio acredita que "
O legado das músicas e letras do Chorão sem dúvida influenciaram e vão continuar influenciando muitos jovens e bandas eternamente. Acredito que, depois do Legião Urbana, o Charlie Brown Jr. seja uma das bandas mais representativas do rock nacional".
Já segundo nota da
MTV Brasil "
A banda Charlie Brown Jr. foi um grande sucesso e o músico deixa um legado musical pra além de ícone de uma ou mais gerações, sua memória estará em uma coleção de grandes hits que deram uma roupagem pop e acessível ao tripé hardcore, rap e ragge, parte fundamental do universo do skate."
Nasi, vocalista do
Ira!, afirma que "
Chorão foi um ícone da geração de 90. Ele deixa um legado de bons discos, além do reconhecimento da parceria skate e rock brasileiro.
Para além da música, Chorão deixou legado para o
skate, esporte que praticava e ajudou a difundir.
Copiado da Wikipedia